Neste campo temos algumas contradições aparentes. Com efeito, Marx nunca conhecera as teorias de Darwin. Para indicar os processos de transformação do vir-a-ser da realidade, elaborou a dialética do materialismo histórico em contraposição ao materialismo positivista que juntara-se com o existencialismo. Somente Engels tentara uma síntese, mas nem Lenin, nem Stalin, estiveram em condições para construir uma unidade filosófica entre as duas perspectivas do mundo e da vida que prosseguiram sob dois aspectos diversos. Este foi o motivo pelo qual o absolutismo fundamentalista, ignorado pelo materialismo histórico e dialético, acabara destruindo o vi-a-ser do homem.
A ideia, segundo a qual, o homem adulto racional, que enfrenta a existência e se transforma, partindo da própria atividade do cotidiano, é derrotada pelo fato de que o homem adulto já se transformara na sua idade infantil e antes mesmo da idade em que era feto.
Observemos também estes jogadores que atuam entre os dialéticos:
Afirma Josif Stalin ao preparar-se para a partida de futebol:
"A verdade é que a nossa vida é dominada pela fórmula de Lenin: "Quem vencerá?" Ou nós colocamos os capitalistas com as faces na terra e conferimos a eles, conforme Lenin se exprimia, a última e decisiva batalha, ou eles colocarão as nossas faces na terra."
Josif Stalin, Questões do leninismo, vol. 1, editor A Unidade, 1945, p. 279
Maximilien de Robespierre
'O homem nasceu para a felicidade e liberdade e onde quer que esteja é escravo e infeliz. A sociedade tem como escopo a conservação dos seus direitos e o aperfeiçoamento da sua personalidade; e em toda parte a sociedade o degrada e oprime. O tempo chegou. O tempo chegou para lembrá-lo dos seus verdadeiros destinatários: os progressos da razão humana prepararam esta grande revolução, compete a vocês, agora de um modo particular, o encargo de acelerá-la.'
Maximilien de Robespierre, A escalada ao céu, Discurso sobre a Constituição, edições Essedue, 1989, p. 99
Charles Robert Darwin
'Incluímos numa só explicação os muitos fatos gerais ou leis; e as dificuldades encontradas são aquelas que deveriam resultar naturalmente da nossa reconhecida ignorância. Por quê não deveremos aceitar a teoria da origem? Pode-se demonstrar que os seres orgânicos em seu estado natural são todos absolutamente invariáveis? Pode-se dizer que se conhece o limite da variação ou o número das variedades que podem ser formadas no seu estado domesticado?'
Charles Robert Darwin, Origem das espécies e os fundamentos da evolução, Ed. Universale tascabile newton, 1984, p. 267
Marghera, 13 de março de 2018
A tradução foi publicada 12.02.2019
Aqui você pode encontrar a versão original em italiano
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Claudio Simeoni
Mecânico
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