Émile Durkheim,
Martin Heidegger, Auguste Comte

Capítulo 13

Jogadores existencialistas
Segundo grupo de cinco

Claudio Simeoni
traduzido por Dante Lioi Filho

A partida de futebol mundial entre os filósofos

Estando no noticiário da filosofia oficial, parece que os Existencialistas têm nas suas fileiras jogadores de competência mundial.

Com efeito, retornando ao campo deles, parece que têm muitos protagonistas prontos a se mostrarem.

As suas abstrações parecem floreadas por conteúdos dispostos num crescente expressivo que toca o "sublime da alma". Da entonação soberba de Nietzsche ao raciocínio suspenso de Heidegger para encontrar um Comte que transforma a ciência na verdade revelada, num vir-a-ser interrompido nas classes sociológicas.

Émile Durkheim

'Por outro lado, se verdadeiramente o homem fosse obrigado a projetar a sua imagem nas coisas, os primeiros seres sacros seriam concebidos à sua semelhança. Em vez de ser primitivo, o antropomorfismo é, ao contrário, o sinal de uma civilidade bem avançada. Na sua origem, os seres sacros são representados sob uma forma animal ou vegetal, dos quais a forma humana é derivada somente vagarosamente. Veremos a seguir como na Austrália os animais e as plantas estão num primeiro plano dentre as coisas sagradas.'

Émile Durkheim, As principais concepções da religião elementar, Comunità, 1971, p. 72

E então, eis o que ouvimos de Martin Heidegger que está se aquecendo:

O <<ser> constitui um conceito óbvio. Em cada conhecer, em cada afirmação, em cada comportamento levado a efeito no relacionamento com o ente, em cada comportamento que entra em relacionamento com nós mesmos, está sendo feito o uso do <<ser>>, e a expressão é sem <<demora>> compreensível. Todos compreendem o que significa: <<o céu é azul>>, <<estou contente>>, e assim em diante. Mas esta compreensão média, apenas demonstra uma incompreensão.'

Martin Heidegger, Ser e tempo, Longanesi, 2011, pag. 15

E nesse meio-tempo, Auguste Comte está reanimando os seus músculos:

'O método positivo, como o método teológico ou metafísico, é necessariamente a obra contínua da toda a humanidade em sua inteireza, sem algum criador em particular, e as suas principais características são agora nitidamente estimados desde as primeiras pesquisas usuais, dirigidas em direção a um escopo suficientemente determinado. Tomando sempre como modelo fundamental esta sabedoria espontânea, constantemente corroborada pelos sucessos cotidianos, a filosofia saudável praticamente está limitada a generalizá-la e a sistematizá-la, estendendo-a convenientemente às diversas especulações abstratas, que deste modo renovou sucessivamente, seja na natureza das questões, seja no modo de solução.'

Auguste Comte, Curso de filosofia positiva, Mondadori, 2009, p. 1310

Marghera, 13 de março de 2018

A tradução foi publicada 01.02.2019

Aqui você pode encontrar a versão original em italiano

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